Reservei esse lugar para os livros que li (e lerei) esse ano. No decorrer de cada obra fico muito envolvida, e uma hora ou outra sempre faço uma postagem a respeito. Portanto aqui, estarão somente os livros que me agraciaram no decorrer do ano. :} ^^
O primeiro do ano foi Dom Casmurro, de Machado de Assis. Talvez uma lástima de minha parte deixar pra ler essa obra com dezenove anos. Porém talvez, se eu tivesse lido menos madura ele não ela tocaria tanto.
Eu já sabia de toda a história, tinha a certeza que Capitú não era adúltera (como pode?), até debatia com amigos, sem nem mesmo ler o livro. Sempre soube da grandeza, dos detalhes, da complexabilidade.
Antes de ler O Dom eu tinha uma paixão meio que metafísico-platônico pela história. (acredito que devido ao fato de assistir três vezes a minissérie da globo) rs. Até que uma bela noite, em uma das minha visitas costumeiras ao meu vô, ganhei da minha tia essa pérola. E o melhor, em versão antiga. Amei de mais esse dia♥. Dom Casmurro foi uma chave que abriu a porta pros livros que li e lerei esse ano.
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O Caderno Rosa de Lori Lamby foi meu segundo livro, li em um dia. Ele é o livro mais promiscuo da literatura brasileira que já tive acesso. E é ai que se encontra o encantador.
O caderno rosa cortou com uma navalha o meu rosto. Cada frase, cada página, cada instante eu via a ferida do humano demasiado humano, aberta diante dos meus olhos. É um livro magnifico, principalmente em seu desfecho. Sinceramente não acredito que algum dia eu leia algo do gênero que supere a genialidade dessa mulher. rs :}
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O Memorial de Isla Negra foi o terceiro, e meu primeiro Neruda. "Devolva o Neruda que você me tomou e nunca leu", eu nunca tinha ouvido falar nada, além disso, de Pablo Neruda.
Ah, santo pai dos leigos que priva os humanos dos conhecimentos nobres. Foi amor... Depois do memorial me apaixonei por Neruda. Esse livro veio bater na minha porta, literalmente, e eu desci para apanha-lo na escada.
Sempre releio. Talvez ele seja meu livro de cabeceira. E para mim tem uma particularidade imensa. Apesar de não ser meu. Apesar de ser tão dele mesmo.
Memorial de Isla Negra é meu Livro-Homem.
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O Ateneu foi o quarto livro. Eu,
em pensamentos bestiais, subestimava Raul Pompeia. Que bobinha. Que mania feia
de só olhar para Machado, isso é um mal. Sou cega.
Ganhei O Ateneu da minha mãe, não
li a priori, até tentei, mas não consegui. Leitura carregada.
Essa era a desculpa que arranjei
pra me enganar.
Não sei bem o porquê de ter
começado a ler Raul Pompéia tão arbitrariamente, mas minhas coisas
são, na maioria das vezes, assim. Até que a clássica jogada te pega:
"O despretensioso da estante te da um golpe, e você, mero
mortal, devora-o.” rs
Essa obra é completa. Nunca vou esquecer
a "Análise dos Lusíadas" da página 48 e a comparação (perfeita) da
voz de Snaches á lesmas, na página 50, senti asco daquilo (magnífico).
Os livros tem esse poder, mechem
com minhas pulsões. Nem sei mais o que dizer, ele é um clássico afinal não
é?! Pois bem. :D
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