O masculino é um porco grande e gordo. Dependente de anseios e visões,
irracionais, de um feminino erudito.
Os porcos são aos meus olhos os mamíferos mais asquerosos que já vi passar.
A dependência idearia de um feminino erudito é puro anseio de porco. Homens
dessa estirpe mereceriam a forca. Condeno todos os que pensam assim. Mulheres
que mergulham nos idealismos arcaicos, e alheios, são simplesmente asquerosas.
A submissão do Homem a qualquer ideia incomum para com o individuo, já é em
si uma castração de intelecto.
O sentimento é de minuto ao eterno subjugado por essa crítica assídua,
incessável, particular adotada e moldada. Com bases clássicas, a tendência de
lembrar sempre que toda a ideia de ‘sentir’ é pura opinião de um homem que
nunca conheci.
O sentimento não me traz boas lembranças. Mulheres maltratadas por um
suposto amor eterno. Homens recuados e diminutos conseguem nada além de um
sofrimento por um sentir metafísico herdado. Romances efêmeros que sucumbem o
passado tão estreito com outras coisas. Pessoas que anseiam para possuir outras
constantemente e fecham os olhos para o além-mar. O sentimento é uma explosão
emocional efêmera que não treme a minha terra, exerce condição de água.
Isso é fruto do mau mapeamento corpóreo particular de cada um. É impossível
frequentar o alheio e maleá-lo sem (a priori) usufruir do real. Sim, o sentimento
faz parte de todo resto que é opinião (“Nada existe senão os átomos e o espaço
vazio, todo o resto é opinião.”)
Não sei se é provável o total desligamento da opinião. Contudo isso não
implica que eu como ser pensante tenha necessidade de seguir um rio antigo.
Tenho para mim palavras antigas de criação, a beleza pode ser criada por nós. O
criar em minha audição tem som de poder, e o poder ver os meus sucos e criar
uma visão nova pra eles é estupendo. Em todo não quero meus mitos, não pretendo
ter meus deuses, cultuar coisas assim, isso não tem mais espaço em meu pensar.
O quadro em que estou é de mera observadora. Sim, existiu uma evolução, antes
fui absorvedora.
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